O Homem do Norte

O filme começa muito bem, mostrando uma trama de traição e vingança que já parece ser a receita de bolo que tem dado muito certo em algumas séries, como The Last Kingdom por exemplo.
Em “The Northman” é apresentando um menino que vê seu pai que era seu rei e seu herói morrer na sua frente, por meio de uma traição. Em meio ao caos o menino consegue fugir tendo que abandonar sua mãe e seu reino, mas anos depois ele reaparece junto a um bando de Berserkir, que na cultura nórdica foram guerreiros ferozes, vistos quase como animais, eles despertavam em uma fúria incontrolável antes de qualquer batalha.

Quando Alexander Skarsgard aparece, irreconhecível se comparado ao menino que teve que abandonar seu lar e seu reino, você fica realmente chocado… que atuação dele! Caminhando como se fosse um urso, um lobo faminto, todo ensopado de sangue e causando pavor em qualquer um que cruzasse seu caminho. Ali você pensa, nossa, esse filme vai ser louco…, mas logo na sequência ele encontra com a bruxa vivida por Björk, indicando o seu caminho, seu destino e é ali que tudo se perde, pelo menos ao meu ver.

O filme passa a ter um ritmo muito lento, preguiçoso até, me pareceu que a Universal Pictures acabou encomendando um outro tipo de filme. Eles fizeram um investimento de blockbuster e para ter o retorno, a história acabou de certa forma até romantizada demais, seu personagem principal perdendo toda a imponência de um verdadeiro guerreiro, isso num filme que em sua essência era para retratar uma lenda viking.
Não quero trazer aqui grandes spoilers, mas de fato a história me pareceu muito fraca, grande parte do filme se passa basicamente em uma espécie de fazenda, sem apresentar nada de impressionante, nem grandes tramas, muito menos as grandes batalhas que quem gosta do gênero está acostumado a ver e que certa forma os cartazes e o próprio trailer sugeriram.

Eles até tentaram de alguma maneira retratar um pouco das crenças, rituais e ideais que a cultura nórdica carrega, mas acho que o roteiro foi tão fraco e os personagens tão mal desenvolvidos, que parecia mais uma tentativa de encher linguiça. Saí do cinema com a impressão e o sentimento de que tentaram fazer mais um “blockbuster hollywoodiano”, do que realmente retratar essa cultura.
Mesmo assim, não quero parecer aqui “o corneta”, por isso eu recomendo que você vá assistir e tire as suas próprias conclusões. Li algumas críticas e parece que o filme agradou a muita gente, então assista e volte me contar o que você achou, mas se assim como eu você é alguém que realmente gosta de filmes e séries do gênero, não crie grandes expectativas.
“O Homem do Norte” chega aos cinemas no dia 12 de maio.
Por hoje é só pessoal! 😉